5 de nov. de 2008

Fim da linha

Passei duas semanas ligando para a Brasil Telecon que antes chamava-se Telefônica e que antes de ser privatizada era conhecida como CRT (Companhia Rio-grandense de Telecomunicações) para cancelar uma linha telefônica que pagava há oito anos.
Foram vários telefonemas até chegar ao objetivo final.
Tive um gasto tremendo. Em ligação?
Não, ainda existe o 0800 que é de graça.
O gasto foi de tempo. Afinal, neste sistema capitalista onde ninguém tem tempo para mais nada, "tempo é dinheiro".
Bem, falei com tanta gente treinada para se justificar a dar exatamente as mesmas respostas e nenhuma solução, que a tivera sensação de estar falando sempre com a mesma pessoa.
Não sabiam como prosseguir quando eu dizia que não tinha nenhuma reclamação quanto à prestação dos serviços, simplesmente não queria mais a linha.
Até que finalmente fui atendida por alguém que parecia que ainda sentia emoção.
Notei isso quando eu já estava no limite da paciência e disse: "moça você não está entendendo" e ela me respodeu dizendo o seu nome com um tom de voz de quem já está perdendo a paciência também.
Bom, aí vi que realmente estava falando com uma pessoa de carne, osso, sangue nas veias e que tinha um nome próprio, uma identidade.
Parece que a grande massa de trabalhadores (ou boa parte dela), foi transformada em peças de uma grande engrenagem mecânica, que quando estraga é rapidamente substituída por outra, que estava guardada no depósito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário