20 de mar. de 2009

CASA DA GENTE


È no mínimo inusitada-para não dizer que é realmente triste e solitária- a vida de quem mora nas ruas de Porto Alegre.

Às vezes fico a observar como agem essas pessoas que realmente, não têm nada de melhor e nem tão pouco de pior em relação aos valores que possuo. São diferentes sim, não a diferença que discrimina e marginaliza, mas sim a diferença que faz com que eu me sinta um ser humano. Diferenças de pensamentos, de visão, de sentimentos, e tantas outras que tenho em relação a tantas outras pessoas bem estruturadas na vida.

Mas o interessante foi o que vi hoje.

Um homem andava pelo centro, mais precisamente na Borges, logo que passa a tão famosa Esquina Democrática.

Andava ele, como se estivesse em casa, como se todas as pessoas que ali passavam, fossem familiares circulando dentro da sua casa. Sem que estivesse preocupado com a invasão à sua propriedade, socializava seu espaço sem sentir-se proprietário. Então o inesperado acontece. Um orelhão toca e simplesmente ele atende e diz: "alô".

Naquele momento tive certeza que ele estava em casa.

Um comentário:

  1. Oi, Pati.
    Hoje o Alexandre me apresentou teu blog e já gostei, de cara, do primeiro post. Vou virar frequentadora.
    Realmente é muito interessante como, muitas vezes, as pessoas que nada possuem, tem mais do que muita gente.
    Um beijo e visite meu blog, também: http://coisasdesoninha.blogspot.com/

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